A doença de Alzheimer atinge um milhão de brasileiros, se manifesta inicialmente com pequenos esquecimentos e a degeneração do cérebro começa, em média, aos 50 anos. Sabendo disso, torna-se essencial conhecer os fatores de risco e a forma como cuidar do doente para ajudar a prolongar a sua qualidade de vida.

Sabe-se que a doença de Alzheimer afeta o funcionamento do cérebro de maneira lenta e progressiva comprometendo funções como memória, linguagem, atenção, raciocínio lógico, julgamento e interferindo nas atividades de vida diária da pessoa. É considerada um tipo de demência irreversível que geralmente se manifesta em três fases:

– Inicial: pequenos esquecimentos para acontecimentos recentes;

– Moderada: dificuldade em articular palavras, problemas na execução de atividades diárias;

– Grave: alterações de comportamento e incapacidade de realizar as atividades de vida diária sozinho.

Em muitos casos acontece de as pessoas acometidas pela doença perderem a noção do tempo e da própria existência desconhecendo a si mesmas e aos seus próximos.

Não se sabe ao certo quais as causas do Alzheimer, mas é possível diagnosticar quais são os fatores de risco para a enfermidade:

Fatores de risco

– A idade;

– Influência genética;

– Na maior parte dos casos atinge mais as mulheres;

– Estilo de vida: beber em excesso, fumar, dieta rica em gordura, estresse, sedentarismo podem ser ruins para a saúde em geral e não é diferente com a saúde do cérebro.

Por outro lado, existem estudos que mostram que a adoção de hábitos como socialização, prática de atividade física e exercitar o cérebro ajudam a evitar ou retardar, casos já diagnosticados, a doença. Portanto,

– Procure manter uma alimentação equilibrada;

– Pratique exercícios físicos regulares;

– Desenvolva o hábito de treinar o cérebro com leitura, escrita e atividades que estimulem a memória;

– Mantenha bom convívio social.

É muito importante o diagnóstico precoce. Ele é o maior aliado para prolongar a qualidade de vida do paciente.

Uma vez diagnosticado e medicado, será necessário saber lidar com o paciente. Para isso, é necessário antes de mais nada muito amor e paciência, além de:

– Buscar conhecer: Cuidar do doente de Alzheimer não é tarefa apenas do médico e do cuidador. A família precisa ter informações e ler muito a respeito, pois os cuidados são intensos.

– Compreensão: a família precisa entender que o comportamento da pessoa com Alzheimer independe da vontade dela.

– Autocuidado: Quem cuida de paciente com Alzheimer precisa estar bem, pois o desgaste é grande e intenso.

É bom frisar que é comum haver distúrbios no humor o que pode deixá-los alterados e consequentemente irritar os familiares. Lembre-se sempre que a pessoa não tem culpa por não lembrar de nada ou de estar se comportando de tal maneira, mas que ela já foi alguém muito produtiva e importante na sua vida. Por isso, ame, cuide e proteja aquele que um dia tanto fez por você.

Texto selecionado e revisado por geriatra e gerontólogo.